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Tudo sobre Inteligência Artificial
Liz Reid, chefe de busca do Google, afirmou em tribunal que a empresa tem oferecido resultados de busca para outras empresas melhorarem seus chatbots de inteligência artificial (IA) desde 2024. Mas ela admitiu que os recursos mais avançados continuam reservados ao Gemini, IA da big tech.
O Google está no centro de uma disputa com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos por conta da forma como compartilha seus dados de busca com empresas de inteligência artificial.
O que o Google só oferece no Gemini, segundo executiva da big tech
As empresas podem acessar dados por meio da plataforma Vertex AI, do Google Cloud, segundo Liz. A partir de maio de 2024, esse serviço passou a permitir que modelos de IA verifiquem os resultados da web do Google para gerar respostas mais precisas.

Apesar disso, o Gemini tem acesso a outros dados. “Os resultados da web fornecidos são os mesmos”, disse a chefe de busca, segundo a Bloomberg. Mas o Gemini “fornece resultados adicionais”.
Entre os dados extra aos quais a IA do Google tem acesso, estão:
- Knowledge Graph: sistema que mostra relações entre pessoas, lugares e coisas;
- OneBox: traz respostas imediatas para buscas como placares de jogos ou status de voos.
O caso ganhou mais destaque porque, em 2024, a Justiça dos EUA decidiu que o Google agiu de forma ilegal ao monopolizar o mercado de buscas. Agora, o juiz Amit Mehta ouve testemunhas para decidir quais medidas impor à empresa.
Futuro da busca online e concorrência mais justa
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) quer que o Google compartilhe mais dados de busca com outras empresas de IA, o que permitiria a elas desenvolver seus próprios sistemas de busca.
- O que está em jogo: o futuro da busca online e o quanto empresas como o Google devem dividir seus dados para garantir concorrência mais justa no mercado de IA.

Empresas como a Meta já confirmaram usar o Google para ancorar seus sistemas de IA. Em agosto de 2024, a OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, também tentou acessar o índice de busca do Google. Mas teve o pedido recusado.
A startup Anthropic, uma das rivais da OpenAI, pediu acesso extra para treinar seu modelo Claude. O Google investiu cerca de US$ 3 bilhões (R$ 17 bi) nessa empresa, que também recebeu investimentos da Amazon.
Reid disse que não sabia se o pedido da Anthropic tinha sido aprovado. Ela também comentou sobre a proposta do governo – que, para ela, seria “extensa e invasiva”. E colocaria os concorrentes sob risco de ataques hackers.
‘Estimativa aproximada’ da complexidade do trabalho
Além disso, até dois mil engenheiros do Google teriam que ser realocados para cuidar da conformidade com as novas regras, segundo Liz. Mas ela admitiu que essa é apenas uma “estimativa aproximada” feita junto ao time jurídico da big tech.

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A executiva ainda criticou a ideia de dar mais poder aos sites para sair dos produtos de IA do Google. Ela afirmou que já existe uma opção de exclusão. Mas tornar isso mais detalhado seria “desafiador” porque o Google não usa modelos separados para cada funcionalidade.