EUA voltam a apostar na mineração de urânio e a culpa é da IA

Hoje, os EUA importam mais de 95% da matéria-prima necessária para alimentar os 94 reatores nucleares do país

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Imagem: Evgeny_V/Shutterstock

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Os Estados Unidos já foram os líderes mundiais na mineração de urânio. No entanto, a atividade de extração do mineral, que é usado principalmente como combustível para reatores nucleares, foi diminuindo nas últimas décadas.

Agora, a Casa Branca quer recuperar o antigo posto. Uma mudança de comportamento que parece estranha, mas que tem tudo a ver com o avanço da inteligência artificial e o aumento expressivo na demanda de energia.

Minério é usado como combustível para reatores nucleares (Imagem: Christian Schwier/Shutterstock)

Energia nuclear voltou a ganhar importância

  • Os norte-americanos eram considerados verdadeiras potências do setor da década de 1960 até meados da década de 1980.
  • Mas vários acidentes nucleares afetaram negativamente a percepção do público sobre a energia nuclear, derrubando os preços do urânio.
  • Com a crise, muitas minas foram simplesmente fechadas.
  • Hoje, os EUA importam mais de 95% da matéria-prima necessária para alimentar os 94 reatores nucleares do país.
  • E, com aumento da demanda de energia causada pela IA, o urânio voltou a se valorizar.

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Boom da IA está impulsionando mineração de urânio (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

EUA querem aumentar mineração, mas esbarram em obstáculo

De acordo com dados da Agência de Energia Nuclear e da Agência Internacional de Energia Atômica, se a demanda por energia nuclear continuar a crescer, os depósitos de urânio conhecidos se esgotarão até 2080.

É por isso que o governo dos Estados Unidos passou a investir pesando na exploração e pesquisa de novas áreas de mineração. Mas mesmo com todo esse apoio, os EUA devem continuar dependendo de outros países para atender esta crescente demanda por energia.

Exemplos de pedras de nitrato de urânio
EUA querem aumentar capacidade de extração de urânio (Imagem: RHJPhtotos/Shutterstock)

Segundo reportagem da CNBC, os norte-americanos não são capazes de aumentar substancialmente a mineração de urânio. Isso porque o país conta com reservas finitas da matéria-prima, o que significa que a Casa Branca precisará importar o produto de outras nações.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.


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