Olhar Digital > Pro > Neuralink capta US$ 650 milhões para tornar chips cerebrais mais potentes
A empresa afirmou que os recursos serão utilizados para expandir os testes clínicos com os chips cerebrais

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A Neuralink, empresa de Elon Musk, já implantou seus chips cerebrais em três pacientes até agora. Estes dispositivos prometem ajudar pessoas com algum tipo de paralisia e podem mudar por completo a vida delas.
Para avançar no aperfeiçoamento da tecnologia e expandir os testes clínicos, no entanto, são necessários mais recursos. O que a companhia conseguiu em sua última rodada de financiamento, levantando US$ 650 milhões (mais de R$ 3,6 bilhões).

Interfaces cerebrais cada vez mais sofisticadas
Segundo a empresa, o financiamento vai ajudar a levar a tecnologia para mais pessoas, restaurando a independência para pacientes com necessidades médicas não atendidas. Além disso, a Neuralink afirmou que os recursos serão utilizados para superar os limites do que é possível fazer a partir de interfaces cerebrais.
Recentemente, a companhia iniciou a realização de testes clínicos com o dispositivo. Cinco pacientes com paralisia grave estão usando a tecnologia para controlar dispositivos digitais e físicos com seus pensamentos.

A liberação dos trabalhos aconteceu no mês passado. Os principais financiadores da Neuralink nesta última rodada de investimentos foram ARK Invest, DFJ Growth, Founders Fund, G42, Human Capital, Lightspeed, QIA, Sequoia Capital, Thrive Capital, Valor Equity Partners e Vy Capital. As informações são da Reuters.
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Promessas da Neuralink criam esperança, mas também causam preocupação
- Embora a abordagem tecnológica da Neuralink seja vista como inovadora, há preocupações sobre o uso de seus dispositivos para controle de comportamento.
- Críticos alertam para a falta de regulamentação e a possibilidade de que um chip implantado no cérebro possa atuar sem supervisão apropriada, levantando questões éticas sobre o uso da tecnologia.
- A Neuralink realizou testes em animais e cerca de 1.500 deles acabaram morrendo.
- Já em humanos, três pacientes receberam o implante cerebral.
- Em um deles os fios retraíram, reduzindo o número de eletrodos capazes de decodificar sinais cerebrais.
- A empresa de Elon Musk conseguiu restaurar alguma funcionalidade ajustando o algoritmo para aumentar a sensibilidade, mas o caso gerou ainda mais críticas.

Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.