Especialistas divergem sobre os efeitos do hábito matinal e apontam caminhos para acordar com mais energia

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A tentação de dormir “só mais cinco minutos” após o despertador tocar é comum, mas especialistas em sono divergem sobre os reais efeitos desse hábito.
Para a Dra. Rebecca Robbins, da Divisão de Sono do Hospital Brigham and Women’s, o botão de soneca pode prejudicar o sono ao interromper estágios importantes como o REM — essencial para a memória e o raciocínio.
Segundo o estudo que ela coassinou, esse sono fragmentado após o primeiro alarme é de baixa qualidade e pouco restaurador.
Opinião entre especialistas diferem
- Por outro lado, o Dr. Justin Fiala, da Northwestern Medicine, sugere que o impacto do botão de soneca pode variar conforme o cronótipo de cada pessoa.
- Notívagos, por exemplo, podem se beneficiar desse período extra de sono leve como uma transição mais suave de estágios mais profundos do sono para o despertar — especialmente quando precisam acordar muito cedo.
- Os notívagos são as pessoas com capacidade de ficarem mais ativos durante a noite, ou que têm um estilo de vida noturno.
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Sono bem regulado é sempre essencial
Apesar das diferentes opiniões, há um consenso: manter horários de sono regulares é mais importante do que depender de alarmes ou sonecas. A consistência ajuda a reduzir a “inércia do sono” — aquela sensação de confusão e lentidão ao acordar — e melhora a qualidade geral do descanso.
Para quem quer abandonar o botão de soneca, especialistas recomendam ajustar o alarme para mais perto do horário real de levantar, eliminar etapas da rotina matinal e usar o tempo ganho para criar hábitos positivos, como alongamento, café da manhã ou momentos de introspecção.
Luz natural pela manhã também ajuda a sinalizar ao corpo que é hora de despertar. E o mais importante: encontrar motivos para sair da cama pode ser tão eficaz quanto qualquer técnica científica.


Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.