Papa Leão XIV citou a inteligência artificial como motivo para seu nome papal e indicou que a tecnologia será central em seu pontificado
Durante seu primeiro discurso ao Colégio de Cardeais, o novo líder da Igreja Católica, Papa Leão XIV, surpreendeu ao incluir a inteligência artificial (IA) entre as razões para a escolha de seu nome papal. A fala, traduzida oficialmente pelo Vaticano, marca o início de um pontificado que promete atenção especial às inovações tecnológicas e seus impactos sociais.
Robert Prevost, agora Leão XIV, explicou que a escolha do nome faz referência direta a Leão XIII, conhecido por abordar as transformações sociais provocadas pela Revolução Industrial. Agora, segundo o novo papa Leão XIV, a Igreja Católica enfrenta novos desafios trazidos pela revolução tecnológica atual, especialmente no campo da IA.
“A Igreja oferece a todos o tesouro de sua doutrina social em resposta a uma nova revolução industrial e aos desenvolvimentos no campo da inteligência artificial”, declarou.
Igreja Católica amplia atenção aos impactos sociais da IA
- A menção explícita à IA como parte do discurso inaugural sinaliza uma continuidade e intensificação do debate ético promovido pela Igreja sobre o tema.
- Leão XIV reconhece que essas tecnologias trazem implicações diretas para a dignidade humana, a justiça e o trabalho — temas centrais da doutrina social católica.
- Nos últimos anos, o Vaticano vem acompanhando de perto os avanços da inteligência artificial.
- Em janeiro, foi publicado um documento que refletia sobre os limites da IA, sua relação com a verdade e as implicações éticas de seu uso.
- O texto também relembra um alerta feito por Papa Francisco, que advertiu sobre o risco de a tecnologia ser usada para criar “narrativas parcial ou totalmente falsas, acreditadas e divulgadas como se fossem verdadeiras”.
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Indícios de uma nova prioridade no Vaticano
Se o pontificado de Francisco abriu caminho para que o Vaticano formulasse sua posição sobre IA, a fala de Leão XIV sugere que esse será um eixo central de sua liderança. Ao associar sua identidade papal a um momento histórico de transformação tecnológica, o novo papa dá um recado claro: a Igreja quer participar ativamente das discussões sobre os rumos da inteligência artificial e sua regulamentação ética.
Com isso, cresce a expectativa sobre como o Vaticano deve se posicionar frente a debates globais sobre responsabilidade algorítmica, uso de IA generativa e proteção de direitos humanos em meio a inovações cada vez mais rápidas.
Redator(a)
Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.
